Como uma boa disney-maniaca,
só de saber do envolvimento dela em algum projeto eu costumo me interessar em
saber mais sobre ele. Foi assim que eu conheci o livro da autora Megan Shull, “A
Troca” que inspirou um dos filmes infanto-juvenis da emissora. O ponto é que eu
fui lá, bem serelepe atrás de ler o livro, e mesmo que eu não tivesse uma
grande expectativa sobre ele, encarei a leitura.
Ok, eu preciso avisar que
esse não é um livro para nós adultos, e com certeza isso não é novidade pra
ninguém. Porém, se você tá ai sem nada pra fazer, ou é um adolescente a
procura de uma leitura para passar o tempo... Pode ser que te agrade.
Ellie e Jack, são dois
pré-adolescentes que estão começando a conhecer o que significa essa fase
difícil. Todos sabemos que não é melhor fase da vida, insegurança, mudanças, é
confusa e nossos protagonistas também sabem bem disso.
Ellie, que sofre bullying na
escola, tem uma mãe protetora,
professora de Yoga e sempre com uma boa lição pra dar. Ela era também a melhor
amiga de Sassy, que agora se acha grande de mais para ter a companhia da
garota.
Do outro lado temos Jack, um
garoto que acabou de perder a mãe e tem seu pai, e seus irmãos mais velhos
sempre pegando no seu pé de alguma maneira. O pai de Jack, é o oposto da mãe de
Ellie, e leva a rigidez com a qual cria o filho a sério, o que pra Jack não é
uma coisa fácil.
Os dois se conhecem através
de uma enfermeira – bruxa – que desaparece logo depois, e os dois, após
desejarem ter a vida um do outro, trocam de corpo. O livro se desenvolve
durante o tempo em que os adolescentes passam vivendo a vida um do
outro e enfrentando as dificuldades que o outro passa, despertando aquela
luzinha do “não julgar a vida de quem você não sabe pelo que passa diariamente”.
Porém, nenhum deles parece ter muito problema com isso e foi ai que me
surpreendi.
A trama é clichê, os
personagens também, e não tem nada que já não vimos por ai. A história também
não tem muito o que nos acrescentar, mas como eu disse fiquei surpresa, mas negativamente.
O mínimo que eu esperava era
um livro que me ocupasse e me desse algum entretenimento que fosse, que talvez
fosse divertido ou engraçado pra dizer a verdade. Mas esse é um livro que ficou
completamente perdido no caminho. A escrita da Megan não tem nenhuma
constância, horas parece que você está lendo uma história que pode te levar a
algum lugar e de repente, parece que foi escrita unicamente para se tornar
roteiro de filme infantil. Os personagens, apesar de eu saber que eram
pré-adolescentes desde o começo, eram mais infantis em certas partes do livro
ao mesmo tempo que não pareciam ter tantos problemas em estarem em corpos
diferentes – mesmo sendo também de sexo diferentes – e em muitos momentos eu me
perguntei se era a intenção da autora fazer parecer que eles podiam ser
“iguais” apesar das diferenças.
No todo, eu vi poucas coisas
boas no livro, como a forma que as relações foram construídas, achei muito boa
a forma como a autora escreveu isso. E como eu disse, é um livro infanto-juvenil,
bem clichê e com aquela boa e velha “moral da história” de que devemos dar
valor as coisas que temos nas nossas vidas.
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